Depois de acompanharmos o surgimento da lenda dos assassinos e a ascensão da irmandade nas mãos dos Auditore, chegou a hora de conhecermos o fim dessa saga. O que começou como um rumor logo se concretizou no anúncio da Ubisoft durante sua conferência na E3 deste ano: a história dos três personagens principais será esclarecida em Assassin's Creed: Revelations.
O subtítulo escolhido não poderia ser mais condizente. Nos últimos três jogos, surgiram dezenas de questões sobre o real significado do Piece of Eden e da linhagem dos protagonistas e tantas outras dúvidas envolvendo o passado, o presente e o futuro. Contudo, segundo a desenvolvedora, todas as respostas estão prestes a ser reveladas – inclusive a real ligação entre Altaïr, Ezio e Desmond.Como a proposta do estúdio é exatamente explicar todos os pontos que ficaram em aberto até agora, é evidente que Revelations exige um conhecimento prévio de tudo o que aconteceu nos jogos anteriores por parte do jogador. Sendo assim, saiba que essa prévia traz possíveis spoilers para quem ainda não concluiu Brotherhood.
Mais do que o visual envelhecido de Ezio ou as novas habilidades do herói, um elemento em particular chamou a atenção de muitos fãs da série Assassin’s Creed durante o trailer exibido na E3 2011: a porta. Em determinado momento do vídeo, uma enorme porta aparece por apenas alguns segundos e fez com que muitas suposições surgissem sobre o significado daquele elemento que parecia soar de modo incoerente no contexto apresentado.
Contudo, uma nova cena divulgada pela Ubisoft, em conjunto com os momentos finais de Brotherhood, dá a dica do que se trata a dita entrada. A principal pista está no momento em que Desmond encontra o Piece of Eden em 2012 e é controlado pela consciência alienígena, que faz um discurso de que o herói deve seguir seu caminho sozinho – fazendo com que ele entre em coma.
É a partir daí que a trama de Revelations tem início. Após todos esses acontecimentos, a consciência do personagem vaga pelo que parece ser o próprio Animus existente dentre de sua mente. Esse “ciberespaço orgânico” passa a reconstruir cenários e situações encontradas em seu código genético, provenientes de suas vidas passadas, o que leva o rapaz até a misteriosa porta e, consequentemente, às memórias de Ezio.
Essa viagem astral nos leva diretamente a Constantinopla, anos depois dos acontecimentos de Assassin’s Creed: Brotherhood. Porém, mesmo no comando de sua poderosa irmandade, Ezio decide abandonar Roma para ir até a capital do antigo Império Bizantino em busca de qualquer indício que o leve a Altaïr.
Além dessa reconstrução dos passos de seu antepassado, o assassino também deve enfrentar uma nova missão: reunir as cinco “chaves” que estão em posse dos templários. De acordo com o diretor criativo do jogo, Alex Amancio, esses artefatos serão fundamentais para a estruturação do enredo, pois os vilões tentarão utilizá-los para liberar uma fonte de poder alienígena, enquanto o herói tenta recuperar as memórias de seu ancestral existente em seu DNA – ativando o que parece ser a primeira versão da Animus.
Segundo Amancio, a proposta do estúdio foi fazer com que a trama de Revelations fosse a mais consistente e refinada possível, trazendo melhorias significativas no próprio estilo de narrativa. Por mais que toda essa ação inicial pareça ser confusa à primeira vista, podemos crer que a apresentação desses pontos complicados será feita de maneira bastante clara.
O diretor afirma que, para isso, houve uma busca do equilíbrio entre o desenvolvimento da trama e as cenas de ação, fazendo que com que um não atrapalhe as outras. Isso significa que os pontos cruciais de toda a saga serão explicados com o devido destaque, evitando que a informação seja meramente jogada para o usuário.
Além disso, o novo Assassin’s Creed traz outro grande destaque no que diz respeito aos personagens: é a primeira vez em toda a série que será possível controlar as três gerações de assassinos. Ainda que a transição entre Altaïr, Ezio e Desmond não tenha sido detalhada, só o fato de ser possível jogar com eles já é uma boa notícia para os fãs.
A escolha por Constantinopla como palco principal para o fim da trilogia de Ezio não poderia ser melhor. A cidade é o elo entre o Ocidente e o Oriente, mais especificamente entre Roma e Jerusalém, as cidades dos dois principais assassinos da franquia.
Mais do que isso, a antiga capital do Império Bizantino também possui características únicas em relação aos demais locais já visitados, o que traz novidades significativas ao game. A primeira é o visual, que mistura elementos das duas partes do mundo e cria um espetáculo aos olhos, como a própria arquitetura e o estilo de vida dos habitantes.
Exemplo disso são os artistas de rua, que lutam para chamar sua atenção na tentativa de conquistar alguns trocados. Entre dançarinas e cuspidores de fogo, Ezio irá ter o apoio do mais variado tipo de gente – principalmente após a confirmação de que as cortesãs não estarão mais disponíveis para distrair os guardas.
No entanto, são as novas tecnologias que chamam a atenção em Constantinopla. Como pôde ser visto no trailer, Ezio utilizará novas armas para acabar com os templários, incluindo atualizações de equipamentos antigos e itens inéditos em arsenal.
É o caso do tão comentado gancho, uma variação da lâmina tradicional que permite que Ezio realize uma espécie de tirolesa por toda a cidade. Esse tipo de locomoção será bastante útil ao longo do jogo tanto nas horas de fuga quanto na própria exploração.
Uma demonstração testada pelo site GameSpot mostrou que esse aparato pode ser usado tanto como forma de trazer o inimigo para perto como uma forma de criar danos por impacto. A página ainda afirma que a arma pode ser utilizada como um anzol, ou seja, “fisgando” o adversário para concluir com um golpe de finalização.
Outro item que recebeu melhorias foi a bomba, que deixou de ser apenas uma ferramenta de fuga para ser uma peça importante para ataques estratégicos. Com a introdução da pólvora no mundo de Assassin’s Creed, agora é possível criar explosões com uma espécie de granada. No trailer, Ezio usa a novidade para derrubar um prédio inteiro.
Além disso, como apresentado durante a conferência da Ubisoft na E3, as cortinas de fumaça também receberam alguns ajustes. A névoa agora está mais densa e escura, fazendo com que o próprio herói tenha dificuldade de enxergar seus agressores ou a saída no meio daquela bagunça. Para escapar disso, o jogador deverá utilizar a Eagle Vision a fim de conseguir uma melhor visualização do cenário.
Multiplayer mais consistente
O modo multiplayer também ganhará novidades neste novo Assassin’s Creed. Embora seja algo recente no universo da série, a aprovação dos jogadores ao estilo proposto fez com que a Ubisoft mantivesse o formato utilizado em Brotherhood, mas com algumas melhorias em sua mecânica.
A produtora da área online do game, Andreane Meunier, deixou claro que não se trata de uma revolução completa, mas de ajustes e algumas reformulações para refinar as partidas ainda mais. Exemplo disso é o aumento de possibilidades na hora de personalizar seu assassino e a adição de novos personagens, modos e recursos de jogabilidade.
Andreane também afirmou que Revelations irá beneficiar os jogadores que investiram seu tempo e seus esforços em Brotherhood. Ainda que ela tenha afirmado que não se trata de uma transferência de dados, é para os usuários esperarem algo realmente útil.
Assassin’s Creed: Revelations chega no dia 15 de novembro deste ano para concluir a saga de Ezio e Altaïr – mas não de Desmond, como afirmou o diretor do jogo – no PlayStation 3, Xbox 360 e PCs.
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